Anjos, 07.02.2011 |
Sempre que uma empresa pública, ou uma empresa privada de utilidade eminentemente pública, começa a praticar actos administrativos absolutamente disparatados (por missão ou omissão), é porque uma maquinação financeira maquiavélica está em curso. Foi exactamente assim que muitas empresas foram privatizadas, encerradas ou retiradas do campo da utilidade pública.
Que maquinação poderá ser a da administração do Metro?
Quanto vale um segurança totémico
desses que ficam hieraticamente indiferentes, a meio das escadas do Metro?Tentei filmar um grupo de 6 seguranças agrupados em grande galhofa junto às cancelas automáticas do Chiado, mas não consegui. É que eles estão lá precisamente para não permitir o uso de câmaras no Metro.
No entanto o episódio fez-me pensar noutra coisa:
Seria interessante que a administração do Metro nos fornecesse uma folha de cálculo comparativo dos custos da empresa de segurança contratada (cujos efectivos aumentaram, aparentemente) e da manutenção das escadas rolantes, elevadores, bilheteiras automáticas e cancelas.
Sobe, sobe, bicicleta, vai dizer àquela administração... |
Uma tarefa em falta
Retratar o sofrimento intenso de algumas pessoas nas escadas do Metro é tarefa para uma boa câmara de filmar, não para uma pobre câmara fotográfica como a minha.Farei o possível por colmatar esta falha nas próximas semanas.
O Público de hoje
faz eco do estado degradado do Metro, acrescentando mais alguns dados esclarecedores. O artigo dá nota da condenação unânime dos autarcas lisboetas: «Não se sabe quantos deputados municipais de Lisboa usam o metro, mas todos condenam as avarias sucessivas nas escadas rolantes e elevadores de muitas das estações de metro.»