onde se demonstra o estado de decadência do Metro de Lisboa
onde se expõe o abuso imposto aos lisboetas pela administração do Metro
04/02/11
Chiado, 03.02.2011
Uma das causas da queda de rendimento dos ginásios em Lisboa resulta da concorrência desleal do Metro. Quem não tem dinheiro bastante para frequentar o ginásio e fazer caminhadas diárias pode juntar o útil ao agradável: viajar de transportes públicos e ao mesmo tempo exercitar as pernas e os glúteos.
As estações mais aconselhadas para o efeito são as do Chiado e Rato, entre outras.
Aí está uma porta que corre muito menos riscos de avaria do que a outra, automática. A gerência do Metro deveria substituir todas as cancelas automáticas por este simpático tipo de atendimento personalizado.
Mais abaixo encontrava-se um funcionário do Metro, daqueles que parecem totens estáticos ameaçadoramente semelhantes a polícias. Permanecem no seu posto indiferentemente a tudo, quais guardas da rainha, não se comovendo nem oferecendo préstimo a utentes coxos, turistas carregados de malas, pais e mães com carrinhos de bebé, idosos entrevados, etc.
O referido funcionário, inquirido pela autora da foto, responde assim: «Uns miúdos desligaram as escadas ainda há pouco [descarada mentira, ainda por cima] e eu não tenho vagar para ir lá ligá-las a todo o instante».
Começa a formar-se uma dúvida obtusa na minha cabeça: será que a generalidade dos prestadores de serviços em Portugal (sejam eles o funcionário do Metro, o da repartição de finanças ou a empregada de balcão da padaria da esquina) não conseguem formar a mínima ideia do que é uma troca de serviços e donde vem o dinheiro do salário?
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Olá!
ResponderEliminarEu vivo na baixa e tenho o passe do metro. Já escrevi no livro de reclamações por causa deste problema e é rara a semana em que não ajudo uma mãe a transportar um carrinho de bebé escada acima.
Tenho uma teoria para a avaria das escadas e dos elevadores, o metro saí muito caro e dá prejuízo, por isso eles poupam onde podem, é vergonhoso.
Para mim há algo ainda mais grave, o incumprimento da lei 163 de 2006 (que veio substituir a 123 de 1997, que dizia que num prazo de 5 a 10 anos, todos os edifícios públicos tinham de permitir o acesso a deficientes).
Acho que seria útil, toda a gente reclamar, fazendo também referência a esta lei).